
Renata Pradier Farias é a nova colunista da ESGreen, ela é Especialista em Cooperativismo pela UNISINOS, MBA em ESG na PUC/RS, mais de 20 anos de experiência em Compras e participou da construção do Manual de Compras Sustentáveis (CEBDS) em 2014.

Em tempos de urgência climática, desigualdade social e busca por modelos econômicos mais justos, o cooperativismo ressurge como uma alternativa potente e transformadora. Mais do que uma estrutura organizacional, trata-se de um movimento que une pessoas em torno de valores como solidariedade, democracia e desenvolvimento local. Quando essa lógica é combinada com os princípios ESG (Ambiental, Social e Governança), o resultado é uma força estratégica capaz de gerar impacto positivo real e duradouro.
A Dupla Dimensão da “Eficiência Cooperativa”
Com base em estudos recentes, realizados por Renata Pradier Farias em seu trabalho de conclusão da Especialização em Cooperativismo, a chamada “eficiência cooperativa” vai além da gestão financeira tradicional. Ela se baseia na dupla dimensão, econômica e social, que caracteriza as cooperativas. O capital financeiro é tratado como meio, não como fim. O verdadeiro objetivo é melhorar a qualidade de vida dos associados e das comunidades onde essas organizações atuam.
Por meio destes estudos, foi possível evidenciar que a presença de cooperativas em regiões menos favorecidas contribui diretamente para o aumento do PIB local, geração de empregos formais e estímulo ao empreendedorismo. Isso ocorre porque os recursos captados são reinvestidos na própria comunidade, criando um ciclo virtuoso de prosperidade compartilhada.
Por meio destes estudos, foi possível evidenciar que a presença de cooperativas em regiões menos favorecidas contribui diretamente para o aumento do PIB local, geração de empregos formais e estímulo ao empreendedorismo. Isso ocorre porque os recursos captados são reinvestidos na própria comunidade, criando um ciclo virtuoso de prosperidade compartilhada.
O Papel Central do ESG na Cadeia de Fornecimento
O fortalecimento do ESG na cadeia de fornecimento passou a ocupar papel central na estratégia cooperativa. A implementação de critérios ESG para fornecedores, como conformidade legal, responsabilidade ambiental e práticas trabalhistas justas, tem se mostrado essencial para ampliar a eficiência cooperativa.
Ao garantir que os parceiros estejam alinhados com os valores da organização, cria-se uma rede de negócios mais ética, resiliente e sustentável.
Segundo Renata, que atua diretamente com ESG na cadeia de fornecimento, “a integração do ESG na gestão de fornecedores representa um avanço estratégico para o cooperativismo. Com o apoio da plataforma ESGreen, é possível monitorar riscos, promover transparência e fortalecer a governança em toda a rede de atuação. Isso potencializa o impacto positivo das cooperativas e reforça seu papel como agente de transformação social e ambiental.”
Inteligência de Dados e Governança Fortalecida
Ferramentas como a ESGreen têm sido aliadas fundamentais nesse processo. Com base em dados e indicadores confiáveis, a plataforma permite o acompanhamento contínuo de fornecedores, gerando alertas sobre riscos socioambientais e facilitando decisões mais conscientes. Essa abordagem fortalece a governança, reduz vulnerabilidades e potencializa o impacto positivo da cooperativa em toda a sua cadeia de valor.
Ao integrar ESG na gestão de fornecedores, as cooperativas não apenas elevam seus padrões internos, mas também influenciam positivamente o mercado, estimulando boas práticas e promovendo o desenvolvimento sustentável em escala. A eficiência cooperativa, portanto, se torna ainda mais estratégica quando aliada à inteligência de dados e à responsabilidade compartilhada.
Em um mundo que clama por soluções sustentáveis, o cooperativismo eficiente, conectado e alinhado ao ESG, mostra que é possível crescer sem deixar ninguém para trás.