As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFIs) estão diante de uma nova onda regulatória. O Banco Central vem ampliando a cobrança por transparência e responsabilidade socioambiental, tornando o ESG um requisito fundamental de credibilidade, acesso ao crédito e conformidade. Não é mais tendência: é regra do jogo para quem deseja operar no sistema financeiro brasileiro.
Duas consultas públicas recentes reforçaram essa direção: a Consulta Pública nº 101/2024, sobre a reorganização normativa das SCFIs, e a Consulta Pública nº 100/2024, que propôs mudanças no Relatório GRSAC, exigindo métricas e indicadores claros sobre riscos socioambientais e climáticos.
A PRSAC como referência para governança sustentável
Ainda que a Consulta 101/24 não cite explicitamente ESG, ela reflete a tendência do Banco Central de valorizar instituições com práticas sólidas de governança e responsabilidade. Esse movimento está alinhado à Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC), já obrigatória para bancos de maior porte.
Mesmo que as SCFIs não estejam diretamente obrigadas à PRSAC, são fortemente impactadas por seu espírito: prevenir riscos socioambientais sistêmicos, adotar governança sustentável e atuar com visão de longo prazo.
ESG como extensão natural do KYC e KYP
O conceito de KYC (Know Your Customer) e KYP (Know Your Partner) está evoluindo rapidamente. Agora, vai além de conhecer o cadastro: exige compreender os riscos ESG, os impactos socioambientais e o histórico de reputação de cada cliente, fornecedor ou parceiro.
Integrar ESG ao KYC/KYP inclui:
- Avaliação de riscos sociais, ambientais, climáticos e de governança;
- Monitoramento contínuo de fornecedores e clientes;
- Redução da exposição a riscos regulatórios e de imagem.
Consulta Pública 100/2024: ESG na agenda do Bacen
A Consulta Pública nº 100/2024, encerrada em abril de 2025, marcou um avanço direto na formalização do ESG no sistema financeiro. As principais mudanças propostas para o Relatório GRSAC incluíram:
- Inclusão de métricas baseadas em IFRS S1/S2 e BCBS;
- Divulgação de emissões financiadas (escopos 1, 2 e 3), metas climáticas e exposição por setor;
- Padrões internacionais de transparência e rastreabilidade.
Essas exigências têm previsão de início em janeiro de 2026, impactando SCFIs e demais instituições reguladas pelo Banco Central.
Como a ESGreen apoia as SCFIs nesse contexto
Soluções como a ESGreen permitem que SCFIs implementem compliance ESG de forma automatizada e alinhada às exigências do Banco Central. Com base em dados confiáveis e análise de materialidade setorial, é possível:
- Incorporar critérios ESG ao KYC/KYP;
- Monitorar riscos socioambientais e reputacionais a partir de múltiplas fontes;
- Gerar relatórios rastreáveis, compatíveis com as exigências futuras do Bacen;
- Preparar-se para fiscalizações e evoluções regulatórias com segurança.
Conclusão
Para as SCFIs, antecipar-se à evolução regulatória é mais que cautela — é uma estratégia para fortalecer a governança, ampliar acesso a funding e consolidar reputação junto a clientes e órgãos reguladores.
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